13 de set. de 2010

Canção do exílio,Gonçalves dias

Hoje na aula de Literatura (uma das minhas matérias favoritas, ou pelo menos a única em que eu me interesso de verdade), minha ilustre professora, Juliana Palermo, nos presenteou com um episódio da série "Tudo o que é sólido pode derreter", da TV Cultura, que fala sobre uma menina (adolescente) chamada Tereza, que assim como eu, é uma das poucas pessoas que apreciam as aulas de literatura, e ao decorrer da série seu professor de literatura comenta sobre um livro especifico, e no hoje foi um dos episódios mais legais, que falou sobre uma obra incrível, chamada "Canção do exílio" de Gonçalves Dias.
  Resolvi então posta-la aqui no meu Blog para que todos vejam a riqueza que habita nestas frases doces que foram levemente escritas por um coração de um homem que cogitava voltar para sua terra amada (aqui mesmo, o Brasil).
Aproveitem:


Canção do exílio



Minha terra tem palmeiras, 

Onde canta o Sabiá; 

As aves, que aqui gorjeiam, 

Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas, 

Nossas várzeas têm mais flores, 

Nossos bosques têm mais vida, 

Nossa vida mais amores.


Em  cismar, sozinho, à noite, 

Mais prazer eu encontro lá; 

Minha terra tem palmeiras, 

Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores, 

Que tais não encontro eu cá; 

Em cismar –sozinho, à noite– 

Mais prazer eu encontro lá; 

Minha terra tem palmeiras, 

Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra, 

Sem que eu volte para lá; 

Sem que disfrute os primores 

Que não encontro por cá; 

Sem qu'inda aviste as palmeiras, 

Onde canta o Sabiá.  


Várzea é a campina plana às margens de um rio.(pra quem não sabe --')

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