Morreu ontem o pintor brasileiro Wesley Duke Lee, aos 78 anos, em São Paulo. Lee ficou conhecido nos anos 1960 por promover os primeiros happenings no Brasil, performances que reuniam vários intelectuais, jornalistas e boêmios com exibição de vídeos, mostras de fotografias e telas, além de lançamentos de livros e poemas.
Neto de americanos, Duke Lee cursou desenho livre no MASP, o Museu de Arte de São Paulo, em 1951, e depois na Parson’s School of Design e no American Institute of Graphic Arts, duas conceituadas escolas de arte dos Estados Unidos, em 1952. Ele foi um dos pioneiros da Pop Artno Brasil, além de ter realizado trabalhos como o fotógrafo Otto Stupakoff e os artistas Bernardo Cid e Pedro Manuel Gismondi. Viveu na Áustria e na França antes de retornar a São Paulo.
Duke Lee foi um dos fundadores do movimento Realismo Mágico, inspirado na Semana de Arte Moderna de 1922, e do movimento Rex, que incluía uma galeria de arte de mesmo nome e um jornal chamado Rex Time, sobre artes plásticas. Provocador, se ofereceu como voluntário para testes de LSD numa clínica em 1964. A aventura rendeu uma série de telas com reflexões políticas.
Ele, que sofria há três anos do mal de Alzheimer, morreu de parada cardíaca. Os direitos de sua obra estão sob a guarda de sua sobrinha Patrícia Lee e o acervo sob tutela dos marchandsRicardo Camargo, em São Paulo, e Max Perlingeiro, no Rio de Janeiro. Uma cerimônia aberta ao público de despedida será realizada no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, às 16h desta terça-feira (14).
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